Pergunta do Grupo do Colesterol para o Grupo de Obesidade:
Em uma pessoa obesa que apresente em quadro de hiperlipidemia quais os efeitos lipotóxicos para o fígado relacionado com a gliconeogênese?
Em indivíduos obesos, há o aumento de glicose e ácidos graxos livres no sangue e depois em outros tecidos, que podem contribuir para a progressiva lesão das células beta pancreáticas. Esses fatores levam à resistência insulínica nos tecidos como hepático, adiposo e muscular, que pode desencadear a lipólise descontrolada nos adipócitos, aumentando a quantidade de ácidos graxos livres no pâncreas, fígado, músculos, o que causa a lipotoxicidade. Esse quadro gera disfunção das células beta, que passa a não produzir a insulina de forma adequada ou a não produzi-la.
Esse quadro leva a dislipidemias e deposição em excesso de AGL no fígado, somada à falta da sinalização da insulina, e surgem alterações no metabolismo da glicose, como ativação quase que descontrolada da via de gliconeogênese e maiores taxas de lipólise e proteólise.
A Acetil-coA derivada da degradação de ácidos graxos inibe a oxidação de piruvato pela piruvato desidrogenase e há estímulo da carboxilação de piruvato a oxaloacetato, que origina glicose. Como o estado de resistência insulínica e diabetes melitus tipo 2 comporta-se como jejum, a ativação da gliconeogênese continua mais intensa devido à lipotoxicidade do fígado, bem como outros fatores.
Referências Bibliográficas:
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo. Bioquímica Básica. 7 ed . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
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