quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O metabolismo da obesidade

       
        Como já visto anteriormente, a obesidade é descrita como um acúmulo de tecido adiposo proveniente de um aporte calórico excessivo vindo de nutrientes dos alimentos ingeridos, acompanhado de uma vida sedentária, além de outros fatores como genéticos, psicológicos e patológicos envolvidos.



       O metabolismo é o conjunto de reações químicas responsáveis por processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula, e pode estar em situação de anabolismo (síntese) ou catabolismo (quebra) de compostos. Nesse caso, vamos discutir sobre como a obesidade acontece metabolicamente!!

          A regulação do peso corporal se dá pela relação entre o VET (Valor Energético Total), que é a ingestão diária de alimentos pelo indivíduo, e o GET (Gasto Energético Total), o qual representa o fator AF (Atividade Física) + metabolismo basal + termogênese dos alimentos.

          Para a ocorrência da obesidade, o VET deve ser consideravelmente maior que o GET, ou seja, há uma maior ingestão comparado ao gasto energético, é o famoso sedentário que come mais do que necessita. Para se ter um resultado inverso ao do depósito de gordura corporal, deve-se aliar a diminuição do VET e aumento do GET, resultando em um emagrecimento.



          Na situação pós-prandial, que é após a ingestão alimentar, há um aumento de glicemia no sangue, e vias metabólicas são aceleradas para a utilização dos nutrientes (carboidratos, lipídeos e proteínas) consumidos para gerar energia. Nesse instante há a liberação pelo pâncreas do hormônio insulina, o qual atua na corrente sanguínea para estabilizar os níveis glicêmicos. Tal hormônio tem ação anabólica, atuando na síntese de material de reserva (glicogênese – síntese de glicogênio hepático e muscular, lipogênese – síntese de tecido adiposo).




          A presença da glicose no sangue é o ativador metabólico dos lipídios, ou seja, sinaliza se necessita de quebra ou síntese de lipídios, no caso do excesso de glicose no sangue, há a sinalização de síntese e armazenamento de lipídios, já a situação hipoglicêmica ( jejum intermediário a prolongado) demanda uma quebra de lipídios.

         Na via glicolítica, a diidroxiacetona fosfato reduz-se a glicerol 3 – fosfato, e esse permite a esterificação de ácidos graxos sintetizados, e portanto, há o armazenamento de triacilgliceróis (TAG) no tecido adiposo. Além disso, na glicólise aeróbica, há a conversão de piruvato a acetil – CoA, e esse último proporciona a formação de malonil-CoA, a qual regula a síntese de ácidos graxos. Os carboidratos da dieta são a principal fonte de carbonos para a formação do depósito de triacilgliceróis nos seres humanos e pode-se, portanto, explicar porque o excesso de glicose no sangue aumenta a formação de tecido adiposo.

 

          A partir dessas informações, podemos entender metabolicamente, como a dieta e o estilo de vida podem contribuir para a ocorrência da obesidade, onde a ingestão constante de alimentos açucarados e gordurosos, como sorvetes, pizzas, sanduíches e outros fast-foods podem ser determinantes para um sobrepeso e futura obesidade, e permanência da mesma.


                               Post: Priscilla Dantas



Referências bibliográficas:

MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo. Bioquímica Básica. 7 ed . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

L.K & ESCOTT-STUMP, S. Krause – Alimentos, nutrição e dietoterapia. 12ª Ed. Editora Elsevier, 2010.





5 comentários:

  1. Passando aqui só porque minha irmã ta implorando ... ¬¬ hahaha to brincando. O blog de vocês está ótimo, várias informações e um ótimo conteúdo.. Parabéns!! Continuem assim..

    Beijos, Philipe.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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